Clínicas de aborto espanholas
acusadas de triturar fetos
A polícia de Barcelona está investigando clínicas acusadas de abortos ilegais e trituramento de feto. O escândalo foi revelado por uma ex-funcionária de uma das
quatro clínicas. As instituições de saúde agora estão na mira da Justiça desde julho, data em
que as denúncias foram feitas.
Segundo a ex-funcionária, que está sob proteção policial, os médicos faziam aborto em mulheres com até 8 meses de gravidez e trituravam os fetos logo em seguida. Em
duas clínicas a polícia encontrou aparelhos trituradores conectados às tubulações de esgoto das ruas e restos de DNA humano nos
canos.
Os advogados de defesa alegam que os médicos não usavam esses aparelhos trituradores e que os proprietários já compraram a clínica com os equipamentos e
não sabiam da existência dos mesmos.
A mulher contou ainda que as clínicas,todas do mesmo dono, chegavam a fazer, em
média, 53 abortos por dia.
A testemunha disse também que as
operações eram feitas muitas vezes por profissionais não qualificados, como enfermeiras que faziam cirurgias, cirurgiões que aplicavam anestesias - sem a presença de
um anestesista - e médicos estrangeiros que atuavam sem diploma reconhecido no país.
Na Espanha o aborto é permitido sob autorização judicial em qualquer fase da gestação desde que seja comprovado o risco
de vida para a gestante.
A legislação espanhola prevê que os restos fetais sejam levados a laboratórios oficiais que recolhem o material orgânico com documentação completa.
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